Número de Cavalos Mortos em Manaus Alcança 25, Aumentando a Preocupação
Em Manaus, o número de cavalos mortos continua a crescer, gerando preocupação entre proprietários, autoridades e moradores locais. Desde o último sábado (4), já foram registrados 25 óbitos. Somente no haras Nilton Lins, 14 mortes foram contabilizadas, destacando a gravidade da situação. As mortes parecem estar ligadas a envenenamento ou contaminação, mas ainda não há uma explicação definitiva, apesar das investigações em andamento.
Morte do Cavalo Lampião no Bairro Tarumã
Entre os casos mais recentes, destaca-se o falecimento do cavalo Lampião, ocorrido na última segunda-feira (7) em uma chácara no bairro Tarumã, zona oeste de Manaus. O cavalo apresentou sintomas neurológicos antes de morrer, sendo a décima vítima dessa série de mortes, que começou no fim de semana com três cavalos mortos no sábado e mais seis no domingo no haras Nilton Lins.
Investigação e Hipóteses das Mortes
De acordo com a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal (Adaf), a principal suspeita para as mortes é envenenamento por feno contaminado. Técnicos da agência recolheram amostras biológicas, como cérebro, tronco encefálico e fragmentos de medula espinhal do cavalo Lampião para análises laboratoriais. A confirmação do envenenamento poderá abrir caminho para investigar a origem do feno contaminado, que, se não identificada, pode acarretar novas mortes de animais em todo o estado.
Obstáculos nas Investigações
Além da suspeita de contaminação, as investigações enfrentam um novo desafio. Conforme relato de uma das proprietárias dos cavalos do haras Nilton Lins ao Portal CM7 Brasil, seguranças do local estão impedindo a entrada até mesmo dos donos dos animais na área onde os cavalos estavam. Essa restrição dificulta ainda mais a coleta de informações essenciais para as investigações. A proibição de entrada não só tem causado revolta entre os proprietários, mas também levanta suspeitas sobre possíveis tentativas de encobrir algo mais.
Ação das Autoridades
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) também participa das investigações, buscando esclarecer as circunstâncias das mortes. A Adaf mantém-se em alerta, tentando descartar possíveis doenças infecciosas que poderiam afetar outros animais na região, embora até o momento a principal suspeita seja envenenamento.
Se confirmada a hipótese de envenenamento, uma das grandes preocupações será identificar os responsáveis pelo fornecimento do feno contaminado, prevenindo assim a repetição da tragédia. O governo estadual e as autoridades municipais precisam agir rapidamente para garantir a segurança dos animais e tranquilizar a população sobre a origem dos casos.
A população aguarda respostas enquanto o número de vítimas de um possível crime ambiental continua a crescer, lançando uma sombra de insegurança sobre os cuidados com os animais em Manaus.