Em Manaus, uma notícia impactante veio à tona recentemente, marcando um ponto crítico na política municipal de Tabatinga. O presidente da Câmara Municipal, Paulo Bardales, encontra-se no centro de uma grave controvérsia após ser acusado de agredir sua ex-esposa na semana passada. O caso não demorou a escalar, resultando em uma ação decisiva no plenário da Casa Legislativa nesta última terça-feira (26), onde foi apresentado um pedido de cassação do mandato do vereador por quebra de decoro parlamentar. Além disso, há um apelo pela Associação Pérolas para que Bardales também seja declarado inelegível.
A convocação para a cassação veio diretamente da presidente do Grupo de Mulheres da Associação Pérolas, Aldenora Santos Magalhães, durante uma participação na tribuna da Câmara. Magalhães fez um apelo enfático pela fiscalização ativa da sociedade civil na conduta dos políticos, enfatizando a importância de enfrentar a violência doméstica e agressão. Ela argumentou que a elevada atenção negativa recebida pela mídia estadual sublinha a seriedade do incidente e a urgência em adotar medidas severas e exemplares para assegurar a integridade e probidade na função parlamentar.
Uma Comissão Especial da Câmara de Tabatinga foi designada para avaliar o pedido de cassação, com o vereador Testa no comando e o vereador Marlem como membro. O documento oficial determina que, após a formação da Comissão Processante, Bardales deve ser notificado para apresentar sua defesa prévia por escrito e especificar as evidências que pretende apresentar, tendo a opção de convocar até dez testemunhas.
Um ato de protesto também marcou a sessão, com associadas da Pérolas erguendo faixas clamando pelo fim da violência contra mulheres, evidenciando a preocupação e o clamor social pelo assunto.
Resumo da Denúncia e Pedido de Inelegibilidade
O fator desencadeante da acusação foi uma denúncia feita por Sayara Bemerguy na última sexta-feira (22), que rapidamente ganhou atenção na mídia do Amazonas. Bemerguy obteve uma medida protetiva contra seu ex-marido após ele, supostamente, invadir sua casa e agredi-la fisicamente. A denúncia feita à delegacia incluiu a alegação de que Bardales estava em um veículo oficial da Câmara de Tabatinga, acompanhado por funcionários do governo municipal, no momento dos ataques.
A potencial inelegibilidade de Bardales – que poderia estendê-la por até oito anos – baseia-se na Lei da Ficha Limpa, que destaca a essencialidade de punir e afastar figuras políticas que falham em aderir aos padrões éticos esperados de um representante do público. Este episódio não apenas agita o cenário político local, mas também serve como um lembrete grave da contínua luta contra a violência doméstica e a importância da responsabilidade e conduta ética entre os eleitos.
