Balança comercial brasileira fecha 2023 com superávit recorde de quase US$ 99 bilhões
A balança comercial brasileira encerrou o ano de 2023 com um superávit recorde de US$ 98,839 bilhões, segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Esse resultado representa um aumento de 60,6% em relação a 2022 e é o maior desde que os registros começaram em 1989.
Esse desempenho recorde foi impulsionado pela safra recorde de soja e pela queda nas importações. No ano passado, as exportações atingiram um recorde, totalizando US$ 339,673 bilhões, um aumento de 1,7% em comparação a 2022. Já as importações diminuíram 11,7%, totalizando US$ 240,835 bilhões.
O mês de dezembro também registrou um superávit recorde de US$ 9,36 bilhões, um aumento de 127,1% em relação ao mesmo mês de 2022. As exportações atingiram US$ 28,839 bilhões, uma alta de 2,1%, enquanto as importações totalizaram US$ 19,479 bilhões, uma queda de 11,3%.
O resultado da balança comercial superou as expectativas do mercado, que previam um superávit de US$ 81,3 bilhões para o ano passado. Também foi superior à estimativa de US$ 93 bilhões divulgada pelo MDIC em outubro.
Esse recorde nas exportações se deve principalmente ao aumento da quantidade exportada, que cresceu 8,7% no último ano, impulsionada pela safra recorde de grãos. Já os preços médios recuaram 6,3%, devido à queda na cotação das commodities. Nas importações, a quantidade comprada diminuiu 2,6%, enquanto os preços médios caíram 8,8%.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e Vice-Presidente da República, Geraldo Alckmin, destacou o desempenho positivo das exportações brasileiras, que cresceram dez vezes mais que a média mundial. Ele anunciou uma meta de US$ 348 bilhões em exportações para este ano e ressaltou o recorde de 28,5 mil empresas exportadoras em 2023.
Em relação aos principais mercados, as maiores expansões foram registradas nas exportações para China, Indonésia, México, Vietnã, Argentina, Uruguai e Paraguai. Para 2024, o MDIC projeta um superávit de US$ 94,4 bilhões, com um aumento de 2,5% nas exportações e de 5,4% nas importações.
