Brasil – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou dois recursos da defesa de Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), em menos de dois meses. As tentativas buscavam anular uma pena de 10 anos e 22 dias de reclusão, atribuída a Marcola pela Justiça de São Paulo devido ao roubo de uma transportadora de valores no bairro do Jaguaré, em São Paulo, ocorrido em julho de 1998.
Conforme acusação do Ministério Público, Marcola, junto de seu grupo, planejou a ação criminosa com a intenção de sequestrar famílias de funcionários de segurança da empresa. Segundo a promotoria, o crime resultou no roubo de R$ 15 milhões. A Justiça paulista, após avaliar provas e depoimentos, confirmou a condenação em 2003. Desde então, a defesa de Marcola tenta anular a decisão nos tribunais superiores em Brasília.
Os advogados de Marcola afirmam que o julgamento foi realizado sem evidências conclusivas contra ele e que Marcola está sendo tratado injustamente como um “inimigo do Estado”. Eles afirmam que a condenação se apoia em acusações não comprovadas, utilizando-se de recursos legais para tentar derrubá-la.
O ministro Alexandre de Moraes, contudo, julgou insuficientes as razões jurídicas para aceitar os recursos da defesa. Nos últimos despachos, Moraes destacou que os argumentos da defesa já haviam sido exaustivamente analisados e rejeitados em instâncias anteriores, sendo considerados sem mérito para modificar a sentença. O ministro afirmou que a condenação já transitou em julgado, encerrando a possibilidade de novos recursos, e declarou não existir irregularidades no processo que justifiquem sua revisão.
Esta sentença contra Marcola se insere em uma série de condenações acumuladas ao longo de sua carreira criminosa. Conhecido por liderar o PCC mesmo dentro da prisão, Marcola é visto como o cérebro por trás das atividades ilegais do grupo, que abrangem do tráfico de drogas a execuções e motins nos presídios. Marcola possui mais de 300 anos de penas acumuladas, decorrentes de crimes associados ao PCC, como o tráfico de entorpecentes e a organização de atos violentos contra autoridades de segurança pública.
Fonte: https://cm7brasil.com/noticias/brasil/moraes-nega-pela-segunda-vez-pedido-de-marcola-chefao-do-pcc/