Nesta última sexta-feira (27), o Google anunciou uma importante atualização em sua política de publicidade. A partir desta segunda-feira, 30 de setembro, a empresa passará a exigir que sites de apostas, conhecidos como “bets”, estejam registrados no Ministério da Fazenda para anunciar em suas plataformas.
A medida impacta não apenas o serviço de buscas, mas também marcas controladas pelo Google, como Android, Gmail, YouTube e Waze. Segundo o Ministério da Fazenda, as empresas de apostas de quota fixa que não solicitaram autorização para operar no país terão suas atividades suspensas a partir de 1º de outubro.
Até dezembro, apenas as empresas que já estão atuando e solicitaram autorização para operar em setembro poderão continuar funcionando. O governo federal recebeu 113 pedidos de autorização de 108 empresas interessadas em operar no Brasil a partir de janeiro de 2025, quando as regras da chamada lei das bets entrarão em vigor.
Nesta segunda-feira, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que até 600 “bets” serão banidas do Brasil nos próximos dias devido a irregularidades em relação à legislação aprovada pelo Congresso Nacional. Na última sexta-feira, Haddad destacou que o presidente Lula instruiu todos os ministérios envolvidos na regulamentação de apostas online a tomarem providências para “colocar ordem” no setor.
O Ministério do Desenvolvimento Social anunciou que um grupo de trabalho apresentará medidas até a próxima semana para impedir a utilização de fundos do Bolsa Família em apostas online. Essa ação vem em resposta ao aumento significativo dos recursos gastos por brasileiros em apostas.