No Brasil, o Ministério da Saúde tomou uma medida importante para maximizar o aproveitamento das vacinas contra a dengue, expandindo o grupo elegível para a imunização. Visando a utilização de doses que estão perto de expirar, a estratégia agora inclui, preferencialmente, crianças e adolescentes de 6 a 16 anos. Todavia, isso depende da decisão dos gestores locais, que podem abranger a vacinação para indivíduos de 4 a 59 anos, conforme indicação da bula da vacina Qdenga, validada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com a Secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, a decisão surgiu como uma maneira de prevenir a perda de vacinas com validade estendida até 30 de abril de 2024. Ela ressaltou, em uma publicação nas redes sociais, que a ampliação da faixa etária é uma medida temporária, causada pela proximidade da data de vencimento das doses. Ethel Maciel assegurou também que aqueles que receberem a vacina terão a segunda dose garantida.
Ethel Maciel salientou a importância de verificar com as autoridades municipais a faixa etária liberada para a vacinação, enfatizando a relevância de manter as cadernetas de vacinação das crianças atualizadas para protegê-las contra a dengue e diminuir os riscos associados à doença. A campanha de imunização contra a dengue começou em fevereiro, direcionando doses a 521 municípios selecionados pelo Ministério da Saúde, focando sobretudo em crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos.
O Ministério da Saúde relembra que, além da vacinação, o controle do mosquito Aedes aegypti, vetor transmissor da dengue, é fundamental para prevenir a doença e outras arboviroses urbanas, incluindo chikungunya e zika. A entidade alerta para a necessidade de combinar estratégias de manejo integrado de vetores e adotar medidas preventivas pessoais dentro dos lares.
