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Manaus registra pico de fumaça inesperado na segunda-feira, revela levantamento do Inpe

Manaus registrou o pior dia de fumaça na segunda-feira (6). — Foto: Bianca Fatim/g1

Situação alarmante: Manaus sofre com pico de fumaça encobrindo a cidade

Desde agosto, a cidade de Manaus está enfrentando uma grave crise ambiental. A seca severa que assola o Amazonas deixou todas as 62 cidades do estado em estado de emergência, e a fumaça proveniente das queimadas tem, esporadicamente, encoberto a capital amazonense.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou um pico de fumaça na última segunda-feira (6), com níveis de poluição tão altos que o sensor não conseguia nem diferenciar fumaça e nuvens.
Imagens de satélite cedidas pelo Inpe mostram que a fumaça está vindo principalmente do estado vizinho do Pará, onde há um grande número de queimadas.
Para avaliar a quantidade de fumaça na região, o instituto utiliza um fotômetro solar, que mede a quantidade de radiação solar que deveria ter chegado, mas não chegou, devido à presença da fumaça na atmosfera.
Em períodos de chuva, a média fica entre 0.2 e 0.5, indicando a presença de fumaça acima desses valores.
Entretanto, a situação em Manaus vem piorando gradativamente. As imagens obtidas pelo sensor Modis mostram que, em agosto, a cor do ar ainda estava amarela. Ao longo dos três meses seguintes, a cor foi se intensificando, chegando a tons cada vez mais vermelhos.
No último sábado (4), a fumaça tornou-se tão densa que estava prejudicando a visibilidade, assemelhando-se a uma intensa neblina persistente.
Na segunda-feira (6), a poluição atingiu seu pico máximo em Manaus. A pesquisadora do Inpe, Karla Maria Longo, afirmou em entrevista que o fotômetro chegou a registrar o valor de 5.0, um número alarmantemente alto.
A fumaça agora está tão densa na região que o sensor Modis não consegue mais identificar a diferença entre fumaça e nuvens. Isso fez com que a cor nas imagens ficasse praticamente toda em tons de cinza, mas Karla Maria Longo ressaltou que é, sem dúvida, fumaça.
Essa situação é ainda pior do que a vivenciada em outubro, quando a fumaça atingiu seu ápice até então. A pesquisadora observa que a fumaça é proveniente principalmente do Pará e se desloca em direção ao Amazonas, não conseguindo se dissipar ao cruzar a fronteira entre os estados.
A situação em Manaus se arrasta há meses, com o fenômeno sendo percebido pela primeira vez em agosto, ainda que de forma sutil. Desde então, a fumaça vem e vai, com períodos de maior intensidade em setembro, outubro e, agora, em novembro.
Os impactos dessa fumaça na saúde da população e no meio ambiente ainda são incertos, porém é inegável que o problema merece atenção e medidas para mitigá-lo precisam ser tomadas urgentemente. O futuro da capital amazonense e de toda a região amazônica estão em jogo.

Fonte: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2023/11/07/encoberta-desde-agosto-manaus-teve-pico-de-fumaca-na-segunda-6-aponta-inpe.ghtml