Júri popular dos policiais acusados de matar três pessoas em Manaus é adiado para 2024
O Tribunal de Justiça do Amazonas (Tjam) anunciou o adiamento do júri popular dos nove policiais militares acusados de envolvimento no caso conhecido como “Caso Grande Vitória”. O julgamento, que causou grande repercussão na época do crime, estava programado para ocorrer nesta segunda-feira (6), mas foi adiado para 2024.
A decisão de adiar o júri popular foi tomada a pedido do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM), devido a problemas de saúde enfrentados pelo promotor de justiça responsável pelo caso e sua família. Além disso, também foi solicitado o adiamento por parte da advogada de defesa de um dos réus, devido a uma internação com suspeita de meningite.
O “Caso Grande Vitória” refere-se ao desaparecimento de Alex Júlio Roque de Melo, Ewerton Marinho e Rita de Cássia, que ocorreu em outubro de 2016, após uma abordagem policial no bairro Grande Vitória, em Manaus. Imagens das câmeras de vigilância registraram o momento em que os policiais mandaram o trio entrar no carro da PM, e desde então, os jovens nunca mais foram vistos.
Moradores do bairro realizaram uma manifestação logo após o desaparecimento, resultando em confrontos com a polícia. Os manifestantes chegaram a incendiar um veículo e a polícia precisou intervir com balas de borracha.
O inquérito da Polícia Civil do Amazonas, concluído em dezembro de 2016, apontou que as vítimas foram mortas e confirmou o envolvimento dos policiais no caso. No entanto, até o momento, os corpos das vítimas não foram encontrados, mesmo após sete anos do crime.
A nova data para o júri popular dos policiais acusados está marcada para o dia 29 de janeiro de 2024. Agora, resta aguardar o desenrolar desse caso que chocou a cidade de Manaus e que aguarda por justiça há tanto tempo.