Subida do Rio Amazonas em Itacoatiara marca o fim de 152 dias de vazante
O Rio Amazonas finalmente começou a subir em Itacoatiara, interior do Amazonas, após enfrentar uma vazante histórica que durou 152 dias. De acordo com as medições diárias realizadas pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) no porto da cidade, entre a quinta-feira (26) e esta segunda-feira (30), o nível do rio subiu 14 centímetros.
Nesse ano, o rio atingiu o seu menor nível registrado em 25 anos de monitoramento pelo SGB em Itacoatiara, alcançando apenas 36 centímetros no dia 26 de outubro de 2023. Anteriormente, o recorde de pior vazante era de 91 centímetros, registrado em outubro de 2010.
A vazante histórica teve um grande impacto na vida da população ribeirinha, deixando 70 comunidades em situação de isolamento, de acordo com a Defesa Civil. A escassez de água potável, alimentos e remédios tem afetado essas comunidades de forma severa.
Além disso, a baixa do nível do rio também causou problemas na navegação. A passagem de grandes navios cargueiros pela foz do Rio Madeira, próximo a Itacoatiara, e na região do Tabocal, próximo a Manaus, foi impossibilitada devido ao nível crítico da água. Isso tem prejudicado o abastecimento de insumos para as fábricas da Zona Franca, uma vez que a chegada dos materiais tem sido bastante afetada.
Agora, com o início da subida do Rio Amazonas, a expectativa é de que a situação comece a se normalizar. No entanto, ainda será necessário acompanhar o comportamento do rio nos próximos dias para avaliar os impactos da vazante prolongada e tomar medidas para garantir o abastecimento e a recuperação da região afetada.