Governo do Amazonas envia reforço de agentes para combater queimadas em Manaus
Após uma nova onda de fumaça atingir Manaus no fim de semana e na segunda-feira (30), o Governo do Amazonas anunciou que enviou 230 agentes para reforçar o combate às queimadas na Região Metropolitana da capital. Essa medida vem em meio ao preocupante aumento no número de focos de calor no estado, que atingiu um recorde dos últimos 25 anos, de acordo com o Inpe.
Atualmente, o Amazonas enfrenta uma séria crise ambiental, exacerbada pela seca histórica dos rios, afetando quase todos os municípios do estado e impactando mais de 600 mil pessoas. Nesse contexto, a fumaça que atinge Manaus é um dos problemas mais visíveis e preocupantes, causando impactos na qualidade do ar e prejudicando a saúde dos moradores.
Para lidar com essa situação, foram enviados para a região bombeiros, policiais militares, analistas ambientais do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e agentes do Batalhão Ambiental da PM-AM. Essas equipes irão concentrar seus esforços nos municípios de Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Manaquiri, Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo, Careiro Castanho e Autazes.
Em nota, o Governo do Amazonas reiterou que a fumaça provém de incêndios ocorridos no Pará e nas proximidades da capital, e explicou que a falta de chuvas e o intenso calor estão dificultando a dispersão das partículas de fumaça.
No último domingo (29), o Amazonas registrou 236 queimadas, de acordo com o Inpe. Esse número é significativamente maior do que os registrados nos últimos dias, indicando um aumento alarmante nos incêndios. Em outras ocasiões, as queimadas foram atribuídas aos agropecuaristas que realizam essas práticas nos arredores de Manaus.
Os efeitos da fumaça foram sentidos imediatamente em Manaus e em outros municípios próximos. Pontos turísticos, como o Teatro Amazonas e a Praia da Ponta Negra, foram encobertos pela fumaça, prejudicando a visibilidade e comprometendo a qualidade do ar, que atingiu níveis considerados péssimos pelas autoridades de saúde. Na segunda-feira (30), o fenômeno persistiu, com o ar ainda classificado como péssimo ou muito ruim em diferentes partes da cidade. A população enfrenta mais um desafio em meio à já grave crise ambiental que assola o estado do Amazonas.