Secretário de Planejamento e Gestão exonerado após envolvimento em grampos ilegais, revela investigação da Polícia Federal
Na última terça-feira, dia 24, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) tomou a decisão de exonerar o secretário de Planejamento e Gestão, Paulo Maurício Fortunato. A medida veio à tona após uma investigação conduzida pela Polícia Federal, que apontou seu envolvimento em grampos ilegais.
Além de Fortunato, outros dois diretores da Agência também foram exonerados. A PF está investigando o uso de grampos ilegais e o monitoramento indevido de jornalistas, advogados, políticos e ministros do Supremo Tribunal Federal.
Com essa ação, os ex-diretores voltarão a exercer suas atividades de carreira, porém, não poderão mais ocupar cargos de chefia e estarão sujeitos a responder a processos administrativos.
Um dado alarmante revelado durante a investigação é que, entre os anos de 2018 e 2020, aproximadamente 30 mil monitoramentos foram realizados. No entanto, a Polícia Federal alega que os registros desses monitoramentos foram apagados na tentativa de dificultar a investigação. Até o momento, apenas 1.800 casos foram identificados.
Ademais, descobriu-se que a tecnologia FirstMile, de origem israelense, vinha sendo utilizada pela Abin para espionar ministros do STF sem a devida autorização legal, além de possíveis adversários do governo de Jair Bolsonaro. Essa revelação traz à tona questões sérias sobre a privacidade e a legalidade das ações da Agência.
É importante ressaltar que a apuração desses fatos é fundamental para a manutenção do Estado de Direito e o respeito aos direitos individuais dos cidadãos. A sociedade espera transparência e respostas rápidas por parte das autoridades competentes.