Nesta sexta-feira (13), o governo anunciou o envio de 149 brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para auxiliar no combate aos incêndios florestais no estado do Amazonas.
O Amazonas enfrenta o pior outubro de queimadas dos últimos 25 anos, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitora os incêndios desde 1998. Até quinta-feira (12), foram registrados 2.770 focos de calor ativos. A fumaça resultante cobriu Manaus, colocando a cidade entre as áreas com a pior qualidade do ar global. Universidades suspenderam atividades presenciais devido à situação.
Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, revelou que 140 brigadistas do Ibama e ICMBio já estão ativos no Amazonas. Outros 149 serão deslocados para o estado entre esta sexta-feira e a próxima segunda-feira (16). Esses profissionais estão sendo transferidos de outras regiões do país para reforçar as operações no estado. Com o reforço, o total de profissionais envolvidos na operação aumentará para 289.
O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, afirmou em coletiva de imprensa que as previsões indicam a continuidade dos incêndios no Amazonas até novembro, tornando a situação na Amazônia altamente desafiadora. Além disso, agentes da Força Nacional foram autorizados a intervir em municípios do sul do Amazonas, incluindo Humaitá, Apuí, Boca do Acre, Lábrea e Manicoré, para combater as queimadas ilegais.
Em setembro, o governador do Amazonas, Wilson Lima, declarou estado de emergência ambiental no estado na tentativa de reduzir os impactos do desmatamento ilegal e das queimadas na região. O governo também anunciou a alocação de R$138 milhões para a dragagem dos rios Madeira e Solimões, além de fornecer ajuda humanitária e intensificar o combate aos incêndios no Amazonas.